Quase metade das unidades turísticas esgotadas para o fim do ano no Centro
A Turismo Centro de Portugal realizou um inquérito junto de 129 empreendimentos turísticos da região (uma amostra representativa de cerca de 20% da capacidade de camas) e concluiu que “os níveis de ocupação previstos para a quadra natalícia são muito semelhantes aos registados em anos anteriores”.
“No período do fim de ano, 46% dos empreendimentos inquiridos (59 unidades) encontram-se esgotados ou muito próximos da lotação máxima para a noite da passagem de ano, o que confirma uma procura sólida e consistente neste período festivo”, referiu o responsável.
No que respeita ao Natal, “verifica-se uma realidade mais modesta, em parte devido ao encerramento sazonal de um número significativo de unidades”, justificou.
Segundo Rui Ventura, a região tem cerca de 53.400 camas em empreendimentos turísticos (aos quais foram feitos os inquéritos), sendo que, a este número, acrescem cerca de 102.300 camas disponíveis em Alojamento Local.
Cerca de 75% das dormidas registadas pelo Instituto Nacional de Estatística são em estabelecimentos hoteleiros.
Rui Ventura disse que o inquérito abrangeu empreendimentos que representam a realidade do Centro de Portugal, “refletindo a diversidade da oferta regional”.
“Nesta altura do ano, destacam-se as unidades associadas a territórios de inverno e de natureza, bem como alojamentos vocacionados para estadias curtas e para celebrações de fim de ano, com maior procura por grupos familiares e pequenos grupos”, explicou.
O responsável sublinhou que, nos últimos anos, se tem notado “uma valorização crescente de unidades de pequena e média dimensão, integradas em contextos naturais ou patrimoniais, que oferecem experiências mais personalizadas”.
Mesmo em termos de distribuição dos visitantes pela região, os dados recolhidos pela Turismo Centro de Portugal apontaram “diferenças relevantes” entre o que acontece no Natal e na passagem de ano.
“No Natal, a sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta as taxas de ocupação mais elevadas, associadas à procura de experiências de inverno, paisagem e tradição”, contou Rui Ventura.
Na passagem de ano, as taxas mais elevadas registam-se na Beira Baixa, na Região de Coimbra e no Oeste, “territórios que conjugam uma oferta diversificada de alojamento, eventos associados à época festiva, boa acessibilidade e proximidade a grandes centros urbanos, fatores determinantes para a decisão de viagem nesta altura”, acrescentou.
Rui Ventura referiu que o turismo no Centro de Portugal se caracteriza “pela diversidade de perfis e motivações”, sendo que, na quadra natalícia se observa “uma forte presença de turismo interno, com especial incidência de famílias e pequenos grupos que privilegiam estadias de curta duração, autenticidade, gastronomia, contacto com a natureza e celebrações em ambientes mais tranquilos”.
Uma das particularidades da região que destacou foi “essa capacidade de responder a diferentes expectativas num mesmo território”.
“Do turismo de montanha ao turismo cultural e urbano, do litoral ao interior, com propostas menos massificadas e fortemente ligadas à identidade local, o que tem vindo a ganhar relevância junto dos visitantes nos últimos anos”, realçou.
