Espectáculos geram 206 milhões em receitas para a Cultura em 2024

O relatório anual de estatísticas da Cultura divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística mostra que os espetáculos ao vivo renderam 206,4 milhões de euros em receitas nas bilheteiras em 2024, mais 17,2 milhões de euros (9%) do que o registado em 2023.

Apesar do ano passado o consumo de cultura ter encarecido, o crescimento da receita pode ser justificado pelo facto de ter havido uma subida de 5% no número de espetáculos ao vivo (44.941 sessões) e pelo aumento de 8,6% de audiência, para um total de 18,6 milhões de espectadores, com uma venda de 7,6 milhões de bilhetes (+4,3%).

O preço dos serviços culturais aumentou 8,7% em 2024, “com destaque para os preços dos museus, bibliotecas e jardins zoológicos (+13,5%), dos serviços fotográficos (+12,5%) e do cinema, teatro e concertos (+4,3%)”, refere o INE.

A música foi a modalidade que congregou mais espectadores (57,8%) e receitas de bilheteira (79%) em 2024, nomeadamente os concertos de pop/rock, com 2.762 concertos, 4,6 milhões espectadores e 88,4 milhões de euros de receitas de bilheteira.

Em segundo lugar nas preferências dos espectadores está o teatro, a segunda modalidade com maior número de sessões, com 35,7% do total dos espetáculos ao vivo, somando 2,3 milhões espectadores e 23 milhões de euros de receitas de bilheteira.

Em 2024, os 4.754 museus considerados pelo INE somaram 19,4 milhões de visitantes em 2024, com uma subida de 7,6% face a 2023, mas ainda ligeiramente abaixo dos valores pré-pandemia da covid-19, quando em 2019 se contabilizaram 19,8 milhões de entradas.

Já a exibição de cinema em sala perdeu no ano passado cerca de 441 mil espectadores, para um total de 11,9 milhões de entradas, e teve uma ligeira subida de 400 mil euros nas receitas de bilheteira para um total de 73,3 milhões de euros.